Tudo o que você precisa saber sobre terapia de reposição hormonal: Guia completo

Clínica CITH • June 16, 2023

A terapia de reposição hormonal (TRH) é um tratamento que consiste na administração de hormônios para repor aqueles que o organismo deixa de produzir naturalmente em determinadas condições. 


Esse tipo de tratamento pode ser usado para amenizar sintomas decorrentes da menopausa, TPM, endometriose, síndrome do ovário policístico, baixa produção de testosterona, perda de memória, indisposição e fadiga, prevenção de osteoporose, entre outras indicações.


No entanto, se usado da forma incorreta, também pode trazer riscos para a saúde, por isso, é importante que seja prescrito por um médico e acompanhado regularmente. Neste artigo,
vamos apresentar tudo o que você precisa saber sobre terapia de reposição hormonal.


Como funciona a reposição hormonal


A TRH consiste na reposição de hormônios que são produzidos pelo organismo, mas que em alguns casos, podem ter sua produção reduzida ou interrompida. A reposição desses hormônios visa restabelecer os níveis hormonais do organismo, amenizando ou eliminando os sintomas decorrentes dessa redução.


Os hormônios mais comuns que são repostos são o estrogênio, progesterona, e a testosterona. A escolha da via de administração, a dosagem e a combinação dos hormônios variam de acordo com a indicação do tratamento e as características do paciente.


Quais os tipos de reposição hormonal

Existem diferentes formas de administrar a reposição hormonal, como por exemplo, implantes subcutâneos, via transdérmica e via oral. Entenda mais sobre cada uma deles:


Implantes subcutâneos

Os implantes subcutâneos são pequenas cápsulas que são inseridas sob a pele (geralmente é implantado na região dos flancos, mas pode ser feito em qualquer local que tenha tecido subcutâneo), e liberam hormônios de forma gradual e contínua por um período que varia de 6 meses a 1 ano. Essa forma de reposição hormonal tem a vantagem de dispensar a administração diária dos hormônios. Essa forma de reposição hormonal é indicada para homens e mulheres que não podem usar a via oral e que não apresentam contraindicações para a implantação.


Via transdérmica (Gel ou Adesivo)

Nessa forma de reposição hormonal, os hormônios são aplicados na pele em forma de gel ou adesivo, permitindo que sejam absorvidos diretamente pela corrente sanguínea, sem passar pelo fígado. Essa via é indicada para pacientes que apresentam problemas gastrointestinais ou hepáticos, que possam prejudicar a absorção e metabolização dos hormônios. Além disso, essa via de administração apresenta a vantagem de evitar o "efeito de primeira passagem" no fígado, reduzindo o risco de problemas hepáticos.


Via oral

A reposição hormonal por via oral é mais comum em mulheres, pois os hormônios administrados são principalmente estrogênio e progesterona, que são hormônios femininos. Nessa via, os hormônios são ingeridos em forma de comprimidos ou cápsulas. No entanto, essa forma pode aumentar os riscos de efeitos colaterais e ter menor absorção.


Indicações para reposição hormonal


As indicações para a reposição hormonal variam de acordo com a idade, sexo e condições médicas do paciente. Veja as principais indicações e seus benefícios:


Menopausa e Climatério

A terapia de reposição hormonal é frequentemente indicada para mulheres que enfrentam a menopausa e o climatério, devido à redução natural dos níveis hormonais, como estrogênio e progesterona. A terapia ajuda a aliviar sintomas como fogachos, suores noturnos, secura vaginal, alterações de humor e baixa libido. Além disso, a reposição hormonal também contribui para a prevenção de doenças relacionadas à diminuição de estrogênio nessa fase da vida, como a osteoporose e doenças cardiovasculares.


TPM e TDPM

A terapia de reposição hormonal pode ser indicada para mulheres que sofrem com a Tensão pré menstrual (TPM) ou transtorno disfórico pré menstrual (TDPM). A TDPM é uma forma grave da síndrome pré-menstrual que inclui sintomas físicos e comportamentais que geralmente desaparecem com o início da menstruação. Os sintomas cursam com mudanças extremas de humor que podem afetar o trabalho e prejudicar relacionamentos. Os sintomas incluem extrema tristeza, desânimo, irritabilidade ou raiva, além dos sintomas comuns da síndrome pré-menstrual, como sensibilidade e inchaço nas mamas.


Através da terapia, os hormônios são regulados, ajudando a aliviar sintomas como irritabilidade, retenção de líquidos e dores de cabeça. Dessa forma, a qualidade de vida dessas mulheres é melhorada durante o período pré-menstrual.


Endometriose

A endometriose é uma doença do sistema reprodutor feminino, caracterizada pelo crescimento do tecido endometrial fora do útero. A terapia de reposição hormonal pode ser indicada para tratar os sintomas da endometriose, como dor pélvica e sangramento menstrual intenso, bem como no controle da doença. Os hormônios utilizados na terapia ajudam a inibir o crescimento e proliferação das células endometriais, reduzindo a inflamação e a dor.


SOP

A Síndrome do Ovário Policístico (SOP) é uma condição hormonal que afeta muitas mulheres, causando irregularidades no ciclo menstrual, aumento de pelos e acne. A terapia de reposição hormonal pode ser utilizada para regular os ciclos menstruais, reduzir os sintomas e prevenir complicações a longo prazo.


Libido

A terapia de reposição hormonal pode ser indicada para homens e mulheres que enfrentam baixa libido, causada por desequilíbrios hormonais. A terapia ajuda a equilibrar os hormônios responsáveis pelo desejo sexual e a resposta sexual, melhorando a qualidade de vida e os relacionamentos afetivos.


Perda de memória

A terapia de reposição hormonal pode ser benéfica para indivíduos que enfrentam perda de memória devido a desequilíbrios hormonais. A terapia auxilia na proteção das funções cognitivas, prevenindo o declínio cognitivo e a demência.


Indisposição e Fadiga

A indisposição e a fadiga constante podem estar relacionadas a desequilíbrios hormonais. A terapia de reposição hormonal pode ser indicada para melhorar esses sintomas, equilibrando os hormônios e proporcionando maior disposição e energia no dia a dia.


Baixa produção de testosterona

A terapia de reposição hormonal pode ser indicada para homens que enfrentam a baixa produção de testosterona, também conhecida como hipogonadismo. A terapia de reposição de testosterona ajuda a restaurar os níveis hormonais, melhorando sintomas como diminuição da libido, fadiga, disfunção erétil e perda de massa muscular. Além disso, a terapia pode contribuir para a melhora do humor e da qualidade de vida em geral.


Prevenção de osteoporose

A osteoporose é uma doença caracterizada pela perda progressiva de massa óssea, o que aumenta o risco de fraturas. O declínio nos níveis hormonais, especialmente o estrogênio e testosterona, pode contribuir para o desenvolvimento dessa doença, principalmente em mulheres após a menopausa. A terapia de reposição hormonal pode ser indicada como uma medida preventiva para reduzir o risco de osteoporose em pacientes com baixos níveis hormonais.


Transição de Gênero

A terapia hormonal para a transição de gênero ajuda as pessoas transgênero a alcançarem características físicas mais compatíveis com sua identidade. Esse tipo de terapia envolve o uso de hormônios sexuais para induzir mudanças corporais.


Para pessoas transgênero masculinas (que foram designadas como femininas ao nascer), a terapia hormonal pode envolver o uso de testosterona. A testosterona ajuda a desenvolver características físicas masculinas, como pelos faciais, alterações de voz, aumento na massa muscular e uma redistribuição da gordura corporal.


Já para pessoas transgênero femininas (que foram designadas como masculinas ao nascer), a terapia hormonal pode envolver o uso de estrogênio e, possivelmente, progesterona. O estrogênio ajuda a desenvolver características físicas femininas, como o crescimento dos seios, uma distribuição de gordura corporal mais feminina e uma pele mais macia.


Benefícios da reposição hormonal


A terapia de reposição hormonal apresenta diversos benefícios, quando realizada de forma adequada e sob orientação médica. Entre os principais benefícios estão:


  • Alívio dos sintomas da menopausa e climatério, como fogachos, suores noturnos e irritabilidade;
  • Melhora da libido e da função sexual;
  • Redução da dor e desconforto associados à endometriose e à síndrome do ovário policístico;
  • Prevenção da osteoporose;
  • Melhora da disposição e da fadiga;
  • Estabilização do humor em casos de TPM;
  • Melhora da memória e disposição;
  • Prevenção de doenças como osteoporose.


Efeitos colaterais e Contraindicações


Apesar dos benefícios, a terapia de reposição hormonal também pode apresentar efeitos colaterais e contraindicações. Abaixo, explicamos mais detalhadamente cada um:



  1. Aumento do risco de coágulos sanguíneos: A TRH pode aumentar o risco de formação de coágulos sanguíneos, especialmente em pacientes com histórico familiar ou predisposição genética.
  2. Efeitos colaterais: Alguns efeitos colaterais da TRH podem incluir náuseas, dor de cabeça, aumento da oleosidade da pele, queda de cabelo e retenção de líquidos. Esses sintomas costumam ser leves e diminuem com o tempo, além disso são controláveis e dose dependente.
  3. Interação medicamentosa: A TRH pode interagir com outros medicamentos em uso pelo paciente, o que pode levar a efeitos indesejados ou até mesmo perigosos. Por isso, é fundamental que o médico que prescreve a TRH esteja ciente de todos os medicamentos em uso pelo paciente.


É importante ressaltar que os efeitos e contraindicações variam de acordo com o tipo de reposição hormonal, a dosagem e a duração do tratamento, bem como as características individuais de cada paciente.


Conclusão: A importância do diagnóstico e indicação médica


A terapia de reposição hormonal pode trazer
benefícios significativos para a qualidade de vida de pacientes com desequilíbrios hormonais. No entanto, é fundamental que o tratamento seja indicado e acompanhado por um médico especialista, que avaliará os riscos e benefícios de acordo com cada caso específico.


O
diagnóstico correto é crucial para garantir a eficácia e a segurança do tratamento. Além disso, é importante considerar outras abordagens terapêuticas e mudanças no estilo de vida, que podem complementar a terapia hormonal e otimizar os resultados.


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